quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Capitão da PM e mulher são presos acusados de tortura e morte

Vítima seria o namorado da acusada. Outro suspeito ainda não foi detido

Gabrielle e Rômulo foram detidos ontem em casa, em Vargem Pequena - Reprodução

Rio - "Hoje nossa família vai conseguir dormir uma noite em paz. Há quatro anos passamos momentos de muita dor”. Assim o padrasto de Diogo José Nogueira Dias, de 22 anos, resumiu o drama vivido pelos parentes desde 2012, quando o jovem foi torturado e morto a tiros. Acusados pelo crime, o capitão da PM Rômulo Gonçalves de Figueiredo Marques, e a mulher dele, Gabrielle Oliveira de Macedo, ambos de 31 anos, foram presos ontem pela manhã por agentes da 38ª DP (Irajá) dentro de casa, em Vargem Pequena.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o oficial da PM contou com a participação de Gabrielle e de outro homem. Os policiais descobriram que Diogo mantinha um relacionamento com a atual mulher do PM, na época ainda sua namorada.

Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, o casal aparece nas imagens das câmeras de segurança na estação de metrô da Pavuna. Um outro homem, que foi cúmplice no crime, também é filmado, mas não teve a identidade divulgada. O corpo da vítima apareceu no fim da noite na Rodovia Presidente Dutra, altura do Jardim América.

Rômulo, que é lotado no 27º BPM (Santa Cruz), e Gabrielle tiveram a prisão preventiva representada pelo delegado Reginaldo Félix, assistente da 38ª DP. O casal vai responder por homicídio triplamente qualificado e caso seja condenado, pode ficar até 30 anos na cadeia.

Em nota, a PM informou que uma equipe da 3ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar) participou da ação e que a Corregedoria da PM vai decidir que procedimento vai tomar. O policial foi conduzido para a Unidade Prisional da corporação, em Niterói.

Outros dois PMs que localizaram o corpo de Diogo são acusados de alterar a ocorrência. Segundo o MP, os militares identificados modificaram o local do fato, o horário e até mesmo o fato, que passou a ser atropelamento. Para o órgão, eles acobertaram a fuga de Rômulo.

O padrasto revelou também que Diogo tinha passado para soldado da PM. “Na época, a Gabrielle disse para ele não entrar e ele desistiu. Porém, o Rômulo era instrutor do CFAP (Centro de Aperfeiçoamento de Praças) e Diogo passaria por lá”, detalhou. Segundo ele, a mãe da vítima sofreu com a depressão e fez tratamento para câncer de mama nos dois seios.

por Guilherme Santos
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