domingo, 5 de novembro de 2017

Paes, Pezão e Cabral negociavam pessoalmente caixa 2, diz delator

Marqueteiro afirma que recebia malas e sacos de dinheiro enviados por representantes dos políticos ou de empresas fornecedoras de serviços aos governos estadual e municipal

© Pawel Kopczynski/Reuters

Em depoimento de delação premiada prestado no início de outubro, o marqueteiro Renato Pereira afirmou que alguns dos principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro participaram diretamente de negociações para pagamento de caixa 2 às eleições de 2010 e 2016. Ele mencionou o ex-prefeito Eduardo Paes, o governador Luiz Fernando Pezão, o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-candidato a prefeito e deputado Pedro Paulo.

As informações sobre o depoimento foram obtidas pelo jornal O Globo e detalham, ainda, o modo como se dava o processo de pagamento do dinheiro não contabilizado. Segundo o marqueteiro, ele próprio e seus sócios na empresa Prole Serviços de Propaganda recebiam malas e sacos de dinheiro enviados por representantes dos políticos ou de empresas fornecedoras de serviços aos governos estadual e municipal, tais quais Andrade Gutierrez, Odebrecht e as companhias do "Rei do Ônibus" Jacob Barata.

Pereira revelou ainda que parte dos lucros obtidos por sua empresa nos contratos com os governos precisavam ser compartilhados - um dos beneficiados teria sido o irmão de Sérgio Cabral, o publicitário Maurício Cabral.

Pezão, Paes e Pedro Paulo foram procurados e negaram qualquer tipo de atividade ilícita. A defesa de Cabral, por sua vez, ressaltou que ele está impedido de dar entrevistas

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