sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Odebrecht pagou US$ 200 milhões a políticos latinoamericanos em Andorra, diz jornal espanhol

© JF Diorio/Estadão Fachada da Odebrecht em São Paulo

De acordo com o jornal espanhol, os recursos foram depositados no banco BPA, Banca Privada d´Andorra (BPA) - junto com Meinl Bank de Antígua e Barbuda, foi o banco internacional mais utilizado por Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira, hoje preso em Curitiba.

O esquema consistia na Odebrecht utilizando as offshores Aeon Group e Klienfeld Services Limited para realizar os pagamentos e nos funcionários do BPA criando sociedades no Panamá para ocultar os verdadeiros titulares das contas. Os investigadores identificaram mais de US$ 200 milhões de pagamentos feitos somente por meio de Klienfeld.

Os documentos aos quais o El País teve acesso mostram que políticos, advogados, funcionários e membros do alto escalão do Equador, Peru, Panamá, Chile, Uruguai, Colômbia, Brasil e Argentina abriram contas no BPA. Contas de 145 clientes foram investigadas pelas autoridades andorranas.

Em 2015, o governo de Andorra interviu no BPA por suspeitas de lavagem de dinheiro. Após fortes pressões internacionais, o país deixou de ser paraíso fiscal no ano passado.

O jornal espanhol chamou o escândalo de corrupção da Odebrecht de “uma bomba política” que revelou propinas em 12 países latinoamericanos e cujos “estilhaços” impactaram contra o presidente Michel Temer, Juan Manuel Santos (Colômbia) e Danilo Medina (República Dominicana). A reportagem ainda aponta que a “onda” também alcançou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente peruano Ollanta Humala, hoje preso por escândalo de corrupção.

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