quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Bolsonaro lança sua versão de 'carta aos brasileiros' e quer se livrar da imagem de extremista

© Divulgação/Jair Bolsonaro Uma das maiores críticas à pretensão de Bolsonaro pela Presidência tem sido a falta de uma agenda econômica clara para um possível governo.

O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) redigiu uma "carta aos brasileiros" enviada nesta quarta-feira (8) ao site O Antagonista. Nela, o parlamentar admite que tem se encontrado com especialistas para aprender sobre a economia do Brasil e do mundo. "Já contamos com um sólido grupo, composto por professores de algumas das melhores universidades do Brasil e da Europa", conta.

O documento é inspirado na "Carta aos Brasileiros" lançada por Luiz Inácio Lula em 2002, em sua quarta tentativa de concorrer à Presidência da República. A carta buscava acalmar o mercado financeiro e inaugurou a fase "Lula light", tornando o candidato mais palatável para o eleitorado.

Uma das maiores críticas à pretensão de Bolsonaro pela Presidência tem sido a falta de uma agenda econômica clara para um possível governo.

Um dos membros desse time de "conselheiros" de Bolsonaro é o economista e pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) Adolfo Sachsida. Em postagem no Facebook, Sachsida afirma que os dois conversam constantemente e concordam sobre a importância de se adotar uma direção liberal na economia "nos moldes de Ronald Reagan e Margareth Thatcher", em referência ao presidente republicano dos Estados Unidos da década de 80 e à dama de ferro do Reino Unido nos anos 90.

Bolsonaro faz questão de destacar que nenhum membro de sua equipe defende "ideias heterodoxas ou apreço por regimes totalitários". Garante, ainda, que "todas as propostas serão pautadas pelo respeito aos contratos, respeito às leis e pelo total respeito à Constituição Brasileira".

Com esse esclarecimento, o deputado tenta afastar a pecha de extremista que recebe, tanto da direita quanto da esquerda, por alguns posicionamentos como o apoio à intervenção militar e declarações polêmicas sobre estupro, tortura e homofobia.

Bolsonaro também busca se livrar do rótulo de inexperiente e despreparado. Cita, por diversas vezes na carta, que está se profissionalizando.

"Pedimos um pouco mais de paciência a todos, para que tudo seja feito de formaprofissional, séria e ética. Como sempre será feito".

Seria esse o ponto de virada da imagem de Bolsonaro?


por Thais Matos
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