quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Palocci incrimina Lula em depoimento para Sérgio Moro

Ex-ministro afirmou que ex-presidente recebeu R$ 4 milhões da Odebrecht. Esquema que repassou R$ 300 milhões ao PT também foi citado

Curitiba - O ex-ministro Antonio Palocci incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ação sobre propinas da Odebrecht. Palocci prestou depoimento nesta quarta-feira, perante o juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, base da Operação Lava Jato.

Nesta ação, Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a Odebrecht e a Petrobras. Segundo os advogados do ex-ministro, o ex-presidente teria recebido R$ 4 milhões em epécie da empreiteira, além de citar uma propina no valor de R$ 300 milhões para o PT.

Palocci prestou depoimento nesta quarta para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba - Reprodução TV Globo

"No jantar ocorrido no apartamento do presidente Lula, em que participaram todas essas pessoas, o ex-ministro Palocci os convenceu e os dissuadiu no sentido de que essa operação era escandalosa e que poderia expor demais essa situação. Ficou clara toda a participação do ex-presidente Lula", afirmou o advogado Adriano Bretas, que defende Palocci.

Antonio Palocci confessou ter praticados crimes na Petrobras. Ouvido como réu em um processo criminal da Operação Lava Jato. Durante duas horas, Palocci afirmou que está negociando um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato, mas que colaboraria com a Justiça de forma espontânea.

O Ministério Público Federal aponta que propinas pagas pela empreiteira chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a estatal. Este montante, segundo a força-tarefa da Lava Jato, inclui um terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.

Além de Palocci, Lula e Dilma, respondem ao processo o ex-assessor Branislav Kontic, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outros três investigados.

Palocci foi ministro da Fazenda durante o governo Lula, e da Casa Civil enquanto Dilma estava no poder.

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