sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Esplanada: áudios de Joesley reacendem disputa entre PF e MPF

Novas gravações constrangem Janot e levam associações das categorias a tentar aprovar PECs aprovar propostas que dão autonomia a delegados e poder de polícia a procuradores

Brasília - O constrangimento ao qual Rodrigo Janot se submeteu diante dos áudios escondidos de Joesley Batista reacendeu a disputa entre delegados de Polícia Federal e procuradores do Ministério Público Federal sobre o poder de inquérito.

Delegados Federais criticaram muito o açodamento de Janot em dar como encerrado o caso joesley antes dessas novas revelações. Ainda entre gabinetes delegados apontam um equívoco em reprovar a PEC 37 no Congresso Nacional, que tirava poderes de inquérito do MP, e também apontam equivoco do STF mantendo esses poderes aos procuradores.

Na CCJ
A PEC 412 da PF está parada na CCJ da Câmara à espera de votação. Num último esforço houve debate em novembro passado na comissão.

Parou na fila
A PEC 82, dos procuradores, parou em comissão especial cujo último debate foi em março de 2015. Agora, delegados criticam Janot por ‘açodamento’ no caso Joesley.

Lobby declarado
Quando assumiu o comando da PGR, Janot chegou a fazer périplo por gabinetes do Congresso num lobby aberto pela PEC que dá poder de polícia ao MP. Em vão.

Interface
A PGR pediu esclarecimentos à OAB do Rio de Janeiro sobre as atividades do ex-procurador Marcelo Miller com a banca Trench, Rossi e Watanabe, que defende a JBS.

Delação sob risco
Em meio à reviravolta que colocou em xeque o acordo entre o Ministério Público Federal e os chefões do grupo JBS, deputados — governistas e da oposição — se articulam nos bastidores para dar celeridade à aprovação de projetos que mudam as atuais regras da delação premiada.

Sem chances
Uma das propostas, de autoria do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), proíbe o delator de alterar ou acrescentar informações após o primeiro depoimento — sob risco de perder os benefícios da colaboração. Permanece, por enquanto, parada na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Sem pressão
O outro projeto, de autoria do deputado Wadih Damous (PT-RJ), impede investigados que estiverem presos de celebrar acordos de delação premiada. O texto também estabelece que nenhuma denúncia poderá ser baseada apenas em delação e os nomes dos citados devem seguir em sigilo.

Musa do crime
Uma agente da PF, chamada a musa da corporação em Brasília, foi presa em Águas Claras por associação com o tráfico, na operação internacional da última segunda-feira.

Povo esperto
No Desfile Cívico ontem na Esplanada, a PF foi ovacionada por 15 minutos. Populares apontaram os dedos para o presidente Temer no palanque quando a patrulha passou.

Surpresa!
Estupefato com as revelações do novo áudio acidental entregue por Joesley Batista, o relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, vai endossar posição do PGR Rodrigo Janot para que os benefícios ao empresário e a Ricardo Saud sejam revistos.

Não, obrigado
O presidenciável Jair Bolsonaro (futuro Partido Patriota) recusou comparecer a almoço em Belo Horizonte, no próximo dia 14, no qual um dos organizadores é Jader Kalid, condenado a prisão em regime aberto por evasão de divisas.

Arenas..
A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) vai abrir as portas das arenas 1 e 2, entre os dias 2 e 5 de novembro, para receber os Jogos Universitários. Em parceria com a Agência JC2 Esportes, a expectativa é reunir 2 mil em 8 modalidades.

..do povão
A expectativa de público é de aproximadamente 4 mil pessoas/dia. É a primeira vez no mundo que um legado olímpico recebe Jogos Universitários.

Cegueira redobrada
Dois dias depois de a Coluna citar a ‘cegueira’ do Senado sobre a proposta de redução da maioridade para 15 anos, pronta para votação, a CCJ a colocou em pauta. E a retirou.

Coluna do jornalista Leandro Mazzinni
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