sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Coreia do Norte lança novo míssil e deixa Japão em alerta

O projétil sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido e depois caiu no Oceano Pacífico

Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa da Coreia do Sul em Seul mostra o sistema de mísseis disparando um míssil Hyunmu-2 no Mar do Oriente a partir de um local não revelado durante um exercício simulando um ataque nuclear da Coreia do Norte - 04/09/2017 (South Korean Defense Ministry/Getty Images)

A Coreia do Norte disparou um míssil não identificado nesta quinta-feira (sexta-feira no horário local), do distrito de Sunan, na capital Pyongyang, em direção ao leste, informaram as Forças Armadas da Coreia do Sul.

O governo do Japão emitiu um alerta de emergência em cidades na região norte do país. Lançado por volta das 7h (horário de Tóquio; 19h de quinta-feira em Brasília), o projétil sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido e depois caiu no Oceano Pacífico, como no teste do dia 28 de agosto.

Segundo o Estado Maior Conjunto de Seul (JCS), o projétil pode ter alcançado uma altitude de 770 quilômetros e percorrido uma distância de 3.700 quilômetros. O ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, explicou que o míssil caiu a cerca de 2.000 quilômetros da cidade de Erimo, no leste de Hokkaido, sem que tenha sido detectado choques com barcos ou aviões na região.

O escritório presidencial sul-coreano convocou de imediato uma reunião do Conselho Nacional de Segurança. O governo japonês também reagiu e condenou “nos termos mais enérgicos” o lançamento. “Protestamos energicamente ante a Coreia do Norte, manifestando-lhes a ira do povo japonês”, disse Suga.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião de urgência. De acordo com o calendário do principal órgão decisório das Nações Unidas, a reunião, que será a portas fechadas, terá início às 15h locais (16h em Brasília). O encontro foi solicitado pelos Estados Unidos e pelo Japão.

Este foi o primeiro lançamento de um míssil pela Coreia do Norte desde o final de agosto – quando outro projétil também sobrevoou o norte do Japão – e o primeiro teste armamentístico desde que o regime de Kim Jong-un executou seu sexto e até agora mais forte teste nuclear, no último dia 3.

No início da semana, o Conselho de Segurança da ONU aprovou um novo pacote de sanções contra a Coreia do Norte pelos testes nucleares e balísticos que vem realizando desde 2006. A resolução, que contou com o apoio unânime dos 15 integrantes do Conselho, foi proposta pelos americanos.

Em resposta, os norte-coreanos emitiram um comunicado nesta quinta-feira ameaçando usar armas nucleares para “afundar” o Japão e reduzir os Estados Unidos a “cinzas e escuridão”. O regime de Kim Jong-un também pediu a dissolução do Conselho de Segurança, que chamou de uma “ferramenta do mal”. Segundo a emissora CNN, desde fevereiro a Coreia do Norte disparou 22 mísseis em 15 testes militares.


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