terça-feira, 11 de julho de 2017

Homem que participou de tatuagem em testa de jovem tem habeas corpus negado

Ronildo Moreira de Araújo teve pedido de liberdade negado pelo STJ nesta segunda

São Paulo - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido liminar de liberdade para o homem que participou do crime que deixou um adolescente em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, com a testa tatuada com a frase 'eu sou ladrão e vacilão'. A decisão foi publicada nesta segunda-feira. Ronildo Moreira de Araújo foi preso em flagrante.

Garoto teve a testa tatuada com a frase 'sou ladrão e vacilão' - Reprodução Internet

Junto com outro homem, Araújo trancou o adolescente em um quarto e o obrigou a ficar sentado em uma cadeira até que o procedimento fosse concluído. A ação foi filmada e divulgada nas redes sociais.

A defesa de Araújo alegou, no pedido de habeas corpus, não haver elementos concretos que justificassem a manutenção do cárcere provisório.

Mas a ministra Laurita Vaz lembrou que a Justiça de São Paulo, ao negar um primeiro pedido de habeas corpus, já havia ressaltado a gravidade dos crimes e destacado que as imagens mostraram a incapacidade de o adolescente resistir.

"Assim, a prisão preventiva do paciente não padece de falta de fundamentação. Pelo contrário, demonstra o decreto constritivo a necessidade da medida, mormente pela garantia da ordem pública, dada a crueldade com que as ações do agente foram praticadas e as circunstâncias fáticas do caso, que denotam periculosidade e insensibilidade do paciente", concluiu a ministra ao indeferir o pedido.

Jovem ganhou vaquinha para remover marca

O coletivo Afroguerrilha criou uma campanha de financiamento coletivo na internet para pagar a remoção da tatuagem e custear o tratamento psicológico do jovem, que é usuário de drogas. Até ontem à noite, já tinham sido arrecadados R$ 19.982,66.

O adolescente também negou ter roubado a bicicleta de um deficiente físico, como alegaram os dois homens que o torturaram. “Estava bêbado, esbarrei na bicicleta e ela caiu”, afirmou.

Ameaças e muito ódio
O Afroguerrilha divulgou texto junto da campanha afirmando que o garoto de 17 anos “vive situação de pobreza e falta de condições grave. Além disso, ele passa por transtornos psicológicos causados pela dependência química”. O valor da “vaquinha” também será usado para custear este tratamento e o processo contra os tatuadores.

O criador da campanha online prefere não divulgar seu nome, alegando estar sofrendo ameaças. “Estou recebendo ameaças e mensagens de ódio”, afirmou em entrevista ao G1. Ele também afirmou que muitos tatuadores são ligados a grupos violentos.

Com informações da Agência Estado
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário