segunda-feira, 10 de julho de 2017

Armas nucleares são proibidas mundialmente


A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, na última sexta-feira, o primeiro tratado que impõe uma proibição total de armas nucleares em todo o mundo.

Dada a polêmica criada pela Coréia do Norte, que está abertamente testando seu arsenal de mísseis balísticos intercontinentais, a decisão aparece em uma hora bastante oportuna.

Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares
Em uma conferência de imprensa quinta-feira, a porta-voz da ONU Elayne Whyte afirmou que este é um momento histórico. O mundo está aguardando essa norma legal – o primeiro tratado multilateral de desarmamento nuclear – há 70 anos.

A aprovação do tratado seguiu as discussões de uma proibição nuclear mundial iniciadas em março, depois que mais de 2.500 cientistas de 70 países assinaram uma petição a favor do desarmamento nuclear total.

“Estou realmente confiante de que o projeto final tenha captado as aspirações da esmagadora maioria dos participantes da conferência, incluindo a sociedade civil”, disse Gomez.

Após o voto para adotá-lo formalmente, o projeto é agora um documento de 10 páginas chamado “Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares”.

Votação
Mais de 120 países se mostraram prontos para adotar o tratado, apesar do boicote de países supostamente possuidores de armas nucleares: os Estados Unidos, a Rússia, a Grã-Bretanha, a França, a China, a Índia, o Paquistão e a Coréia do Norte.

Esses países propuseram fortalecer o Tratado de Não-Proliferação Nuclear de quase 50 anos, que dá apenas as cinco potências nucleares originais – EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China – o direito de manter seu arsenal destrutivo.

Os resultados da votação, no entanto, parecem encorajadores: 122 Estados membros da ONU votaram a favor da negociação de “um instrumento juridicamente vinculativo para proibir as armas nucleares”.

Dos nove supostos países com armas nucleares, apenas a Coréia do Norte não participou da votação. Oito países votaram sim, os Países Baixos votaram contra a decisão, enquanto Cingapura se absteve.

O problema
Ainda assim, os EUA, a Grã-Bretanha e a França divulgaram uma declaração conjunta depois que o tratado foi adotado, afirmando: “Não pretendemos assiná-lo, ratificá-lo ou nos tornar parte dele”.

As três nações explicaram que “uma proibição de armas nucleares que não aborda as preocupações de segurança que continuam a tornar necessária a dissuasão nuclear não pode resultar na eliminação de uma única arma nuclear e não aumentará a segurança de nenhum país, nem a paz e a segurança internacionais”.

Seria esse tratado histórico da ONU apenas um esforço desperdiçado?
A diretora executiva da Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares, Beatrice Fihn, não pensa assim. Ela declarou que “se o mundo se juntar em apoio de uma proibição nuclear, então os países de armas nucleares provavelmente seguirão o exemplo, mesmo que isso não aconteça imediatamente”. [ScienceAlert]

por Natasha Romanzoti
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário