sábado, 27 de maio de 2017

Marin recebe mais de R$ 20 mil por mês de pensão

Quantia é referente ao período em que o ex-dirigente, que segue em prisão domiciliar em Nova York, foi deputado estadual e governador de São Paulo

Marin está preso nos EUA desde 2015 (VEJA.com/Reuters)

O ex-presidente da CBF José Maria Marin segue cumprindo pena de prisão domiciliar em Nova York, mas recebe uma ajuda considerável do governo: uma pensão vitalícia do Estado de São Paulo no valor de 20.257,80 reais mensais. O benefício parlamentar é relativo à extinta carteira previdenciária dos deputados paulistas. O dirigente de 85 anos é acusado pelo FBI de ter recebido propinas em contratos da CBF.

De acordo com a Secretaria da Fazenda, responsável pelos pagamentos, Marin contribuiu com o governo do Estado por 16 anos, de 1971 a 1987, e recebe a pensão há mais de 30 anos, desde 16 de março de 1987. O valor é reajustado na mesma proporção dos deputados estaduais em atividade.

Os advogados de Marin no Brasil confirmaram que o ex-presidente recebe mensalmente a pensão parlamentar. Em 2012, recebia R$ 16.033 por mês de pensão. O ex-presidente da CBF foi deputado estadual por dois mandatos, de 1971 a 1979, e também foi governador do Estado por dez meses, entre 1982 e 1983.

Advogados garantem que o ex-dirigente pode continuar recebendo a pensão, mesmo estando à espera de julgamento. Marin está em prisão domiciliar desde 2015 e o início do seu julgamento e dos outros cartolas do futebol acusados de corrupção está marcado para novembro.

Em Nova York, o dirigente pode sair de casa até sete vezes por semana desde que permaneça dentro de um raio de até duas milhas (o equivalente a três quilômetros) do prédio onde mora e esteja acompanhado por um segurança. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos também faz o monitoramento de Marin por meio de tornozeleira eletrônico. Cabe ao ex-dirigente pagar a manutenção de câmeras de segurança instaladas na porta de seu apartamento e em todas as saídas do prédio.

Marin é acusado de receber subornos e propinas em contratos de comercialização e direitos de marketing de torneios organizados pela Conmebol e a CBF.

(com Estadão Conteúdo)
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