quinta-feira, 18 de maio de 2017

Eike Batista paga parte de fiança e juiz suspende prazo

Empresário tinha até as 0h desta quinta-feira para pagar 52 milhões de reais e não voltar para o presídio de Bangu 9, onde ficou preso entre janeiro e abril

O empresário Eike Batista (Felipe Dana/AP)

Em prisão domiciliar desde o final de abril por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o empresário Eike Batista começou a pagar nesta quarta-feira a fiança de 52 milhões de reais imposta pelo juiz federal Marcelo Bretas. O pagamento da cifra milionária é a condição imposta pelo magistrado para que o ex-bilionário não volte ao presídio de Bangu 9, onde ficou preso por três meses. O prazo de três dias úteis ao pagamento da fiança estipulado por Bretas, que acaba às 0h desta quinta-feira, está suspenso por ordem dele enquanto Eike não deposita o valor integral.

“Suspendo os efeitos da decisão de fl. 2561 até a integralização do valor da fiança”, escreveu o juiz federal em um despacho na tarde de hoje, sem determinar um novo prazo para a integralização do pagamento. Não há informações sobre o valor já depositado em juízo pelo ex-bilionário.

A reportagem tenta contato com o advogado de Eike, Fernando Martins.

Preso na Operação Eficiência, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, Eike Batista é réu em uma ação penal na Justiça Federal. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro por supostamente ter pagado 16,5 milhões de dólares em propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral por meio de contratos fictícios de compra e venda de uma mina de ouro na Colômbia. O valor de 52 milhões de reais da fiança equivale às vantagens indevidas supostamente pagas por Eike ao peemedebista.

A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo também teria recebido de Eike Batista, conforme com os procuradores, um milhão de reais de em contratos fictícios de advocacia.

Por João Pedroso de Campos
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário