sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Comentarista da Band se vê em 'apuros' com esposa após mensagem de Neymar na web

Após o vídeo do atacante do Paris Saint-Germain, a mulher de Denilson usou a mesma rede social para reclamar da ausência do marido

São Paulo - Os tradicionais jogos festivos de final de ano promovidos pelos boleiros deixou o comentarista da Band Denilson em apuros com a sua esposa. A atriz Luciele Di Camargo cobrou o 'sumiço' do ex-jogador após receber um vídeo de Neymar no Instagram.


Ao lado do comentarista, o atacante do Paris Saint-Germain mandou um recado para Luciele via Instagram. Após o vídeo, a mulher de Denilson usou a mesma rede social para reclamar da ausência do marido.

"Se liga na resenha… O que eles (amigos boleiros) não fazem para limpar a barra do outro. 'Prestenção'! É sempre assim, chega final de ano o marido @denilsonshow some. Ano que vem você vai ver só, @neymarjr. Serei a primeira a chegar, mais garantido eu estar nos jogos que a própria bola e o campo", cobrou Luciele, para diversão de seus seguidores.

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Carmén Lúcia suspende parcialmente indulto de Natal assinado por Temer

Texto concedia perdão de pena a presos condenados por crimes como corrupção. Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, medida se 'destinava a favorecer, claramente, a impunidade'

Brasília - A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu de maneira parcial, nesta quinta-feira, o decreto de indulto assinado pelo presidente Michel Temer, na última semana. A decisão é uma resposta a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Concedido por Temer, indulto de Natal foi parcialmente suspenso por Carmén Lúcia nesta quinta - STF

Alegando violação de vários princípios da Constituição, Raquel afirmou que o decreto coloca em risco a Operação Lava Jato,"materializa o comportamento de que o crime compensa" e "extrapolou os limites da política criminal a que se destina para favorecer, claramente, a impunidade".

Raquel também havia solicitado que a presidente da Corte concedesse "com a maior brevidade possível, em decisão monocrática e sem intimação dos interessados, medida cautelar para suspender a eficácia das normas impugnadas, em razão da urgência do caso’.

"O indulto remonta ao período do absolutismo monárquico, em que não havia separação dos poderes ou mesmo o sistema de freios e contrapesos adotado na Constituição brasileira, a partir da teoria de Montesquieu. O direito penal era aplicado de forma arbitrária e violenta e, assim, o instituto representava um ato de clemência do monarca, que concentrava funções legislativas, judiciais e executivas", afirmou a procuradora.

O indulto, publicado na sexta-feira, consiste em um perdão de pena e costuma ser concedido todos os anos próximo ao Natal. No do ano passado, foram beneficiadas pessoas condenadas a no máximo 12 anos e que tivessem cumprido um quarto da pena, desde que não fossem reincidentes. No indulto deste ano, não foi estabelecido um período máximo de condenação e o tempo de cumprimento da pena foi reduzido de um quarto para um quinto no caso dos não reincidentes.

No pedido ajuizado no Supremo, Raquel alegava que o decreto - apesar de ser uma prerrogativa do presidente -, da forma como foi feito, invade a competência do Congresso de legislar sobre o direito penal e esvazia a função da Justiça.

Raquel Dodge afirma que indulto 'favorecia a impunidade' - Foto: Agência Brasil

Segundo a procuradora, a determinação "sem razão específica" ampliou os benefícios desproporcionalmente e "criou um cenário de impunidade no País: reduziu o tempo de cumprimento de pena que ignora a pena aplicada; extinguiu as multas aplicadas; extinguiu o dever de reparar o dano; extinguiu penas restritivas de direito, sem razões humanitárias que justifiquem tais medidas e tamanha extinção da punibilidade".

Raquel destacou ainda que o decreto veio no contexto do avanço da Lava Jato, "após a punição dos infratores, corruptos e corruptores, por sentença criminal".

Ao criticar a redução do tempo mínimo de um quarto para um quinto da pena - no caso de não reincidentes nos crimes sem violação, como os casos de corrupção - a procuradora citou, como exemplo, que uma pessoa condenada a 8 anos e 1 mês de prisão não ficaria nem sequer um ano preso.

'Generoso'
Raquel diz na ação que o que se extrai da determinação, classificada "como "indulto mais generoso", em uma escala ascendente de generosidade que marca os decretos de indulto nas duas últimas décadas - é que será causa única e precípua de impunidade de crimes graves, como aqueles apurados no âmbito da Operação Lava Jato e de outras operações contra a corrupção sistêmica".

O decreto ignorou solicitação da força-tarefa e recomendação das câmaras criminais do MPF que pediam, entre outros pontos, que os condenados por crimes contra a administração pública - como corrupção - não fossem agraciados pelo indulto. Na ação, Raquel relembra essa manifestação.

A procuradora-geral salientou que presidentes da República não têm poder ilimitado de conceder indulto. "Na República, nenhum poder é ilimitado. Se o tivesse, aniquilaria as condenações criminais, subordinaria o Poder Judiciário, restabeleceria o arbítrio e extinguiria os mais basilares princípios que constituem a República constitucional brasileira."

O decreto foi criticado por procuradores e representantes da Lava Jato. Em novembro, os integrantes da força-tarefa em Curitiba estimaram que ao menos 37 condenados pelo juiz federal Sérgio Moro poderiam ser beneficiados pelo indulto.

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Doleiros de esquema de Cabral chegam ao Rio e vão para cadeia em Benfica

Eles foram extraditados do Uruguai a pedido das autoridades brasileiras. "Juca Bala" e "Tony" ficaram no mesmo presídio onde está o ex-governador

Rio - Os doleiros do esquema criminoso montado por Sérgio Cabral que foram extraditados do Uruguai chegaram ao Rio na tarde desta quinta-feira. Vinicius Vieira Barreto Claret, o "Juca Bala", e Cláudio Fernando Barbosa, o "Tony", vão ficar na mesma cadeia, em Benfica, onde está o ex-governador e outros réus da Lava Jato no estado.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Claret e Cláudio Fernando deram entrada na Cadeia Pública José Frederico Marques por volta das 14h. A extradição aconteceu após pedido das autoridades brasileiras. Eles foram presos em Punta del Este em março deste ano e tentavam permanecer no país.

Os dois são citados no esquema de Cabral pelos irmãos Renato e Marcelo Chebar, também doleiros que fizeram acordo de delação premiada. Segundo a denúncia, "Juca Bala" e "Tony" começaram a operar para o ex-governador quando o esquema ficou grande demais, em 2007.

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Algo incrível e misterioso ocorre dentro do cérebro logo antes de morrer


Independentemente do que aconteça, seja uma caminhada por um longo túnel com uma luz em seu final ou um campo onde podemos andar por entre a grama, ou mesmo revisitar memórias boas, ou até mesmo nada, o que experimentarmos logo depois da morte é um segredo que será só nosso. Mas, seja o que for, isso está no campo da fé – ou da falta dela. Mas o que a ciência tem a dizer sobre os últimos momentos de vida do nosso cérebro?
Os cientistas dizem que esses momentos finais de consciência podem ser alimentados por algo incrível e misterioso que ocorre dentro do nosso cérebro.

A atividade cerebral tem um pico quando a morte acontece. Em 2013, pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, descobriram que, após a ocorrência de uma morte clínica em ratos, a atividade do cérebro se acentuou, revelando assinaturas elétricas de consciência que excediam os níveis encontrados no estado de vigília dos animais.

Isso fez com que eles imaginassem se era possível “ver” se o cérebro estaria experimentando algum tipo de pico de consciência também

“Nós pensamos que, se a experiência de quase morte decorre da atividade cerebral, os correlatos neurais da consciência devem ser identificáveis ​​em seres humanos ou animais, mesmo após a cessação do fluxo sangüíneo cerebral”, afirmou o neurologista Jimo Borjigin, que fazia parte da equipe.

E eles detectaram exatamente isso: os ratos anestesiados exibiram um aumento da atividade cerebral altamente sincronizada dentro de 30 segundos após uma parada cardíaca induzida, consistente com os padrões encontrados em um cérebro altamente excitado.

O fenômeno detectado foi uma revelação, na medida em que pode refutar a noção de que apenas porque o fluxo sanguíneo cessou como resultado da morte clínica, o cérebro deve necessariamente se tornar simultaneamente inerte. “Este estudo nos diz que a redução de oxigênio ou oxigênio e glicose durante uma parada cardíaca pode estimular a atividade cerebral, que é característica do processamento consciente”, diz Borjigin. “Ele também fornece o primeiro quadro científico para as experiências de quase morte relatadas por muitos sobreviventes de paradas cardíacas”, aponta.

Quase morte
Em 2014, o maior estudo mundial sobre experiências de quase-morte e experiências fora do corpo foi feito por Sam Parnia, pesquisador da Stony Brook University, nos EUA. Os pesquisadores fizeram entrevistas com mais de 100 sobreviventes de paradas cardíacas, e descobriram que 46% deles mantiveram memórias de seu encontro com a morte, centradas em vários temas, incluindo luzes brilhantes, familiares e medo.
O mais intrigante é que dois dos pacientes foram capazes de recordar os eventos relacionados à ressuscitação que aconteceram depois deles terem morrido, o que, de acordo com as visões convencionais sobre a consciência além da morte clínica, não deveria ter sido possível.

“Nós sabemos que o cérebro não pode funcionar quando o coração para de bater, mas neste caso a consciência parece ter continuado por até três minutos durante o período em que o coração não estava batendo, apesar do cérebro normalmente desligar dentro de 20 a 30 segundos após o coração parar”, apontou Parnia na época.

Há, claro, os céticos, que afirmam que o fenômeno, que só foi relatado por 2% dos pacientes, não passa de uma ilusão. O próprio Parnia mais tarde admitiu que “a explicação mais fácil é que esta é provavelmente uma ilusão”.

Essa “ilusão” pode ser corroborada por uma resposta neurológica ao estresse fisiológico durante eventos cardíacos. Em outras palavras, seria uma experiência cognitiva que precederia – e não aconteceria depois – da morte clínica, e que é mais tarde lembrada pelo paciente.
“Eu sou cético. Eu acho que as experiências fora do corpo foram desacreditadas, porque os mecanismos que produzem memórias de visão e registro estão inoperantes”, afirmou o neurologista Cameron Shaw, da Universidade de Deakin, na Austrália, à revista Vice.

No artigo da Vice, Shaw aponta que “nosso senso de nós mesmos, nosso senso de humor, nossa capacidade de pensar adiante – tudo isso se vai dentro dos primeiros 10 a 20 segundos. Então, à medida que a onda de células cerebrais famintas de sangue se espalhou, nossas memórias e centros de linguagem diminuem, até que ficamos apenas com um núcleo”.

Esta perspectiva pessimista não está de acordo com a experiência dos ratos – e os cientistas ainda estão encontrando evidências de processos biológicos surpreendentes que continuam a prosperar mesmo dias após a morte ser declarada.

A verdade é que, embora a ciência nos tenha dado algumas ideias fascinantes sobre os momentos finais do cérebro, as pesquisas ainda não são conclusivas. A única certeza é que vamos todos descobrir o que acontece um dia. [Science Alert]

por Jéssica Maes
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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

“Asteroide Halloween” está voltando para assombrar a Terra ano que vem


Um asteroide com um formato curioso fará uma segunda visita ao nosso sistema solar desde sua descoberta, em 2015, no final do ano que vem.
O objeto, chamado 2015 TB145, é conhecido como “Asteroide Halloween” por bons motivos: em certas condições, lembra um crânio humano; é tão escuro quanto carvão; sua abordagem mais próxima da Terra em sua visita anterior foi em 31 de outubro; e ele provavelmente é um cometa morto.

Órbita
O primeiro voo conhecido do asteroide passou pela Terra apenas um pouco mais distante que a órbita da lua, a 486.000 quilômetros. Ele não chegará tão perto de nós de novo por mais 500 anos.

Por conta de sua grande inclinação orbital, a distância pela qual o objeto passa pelo planeta varia. Ele também não nos visita sempre no Halloween. Seu período orbital é de 1.112 dias, ou pouco mais de três anos. Então, toda vez que passa por aqui, o faz um pouco mais tarde do que da última vez.

O voo de 2018 acontecerá no início de novembro, e o asteroide estará muito mais longe, cerca de 105 vezes a distância entre a Terra e a lua.

Características
Usando uma variedade de telescópios, os pesquisadores conseguiram aprender muito sobre o asteroide durante sua passagem pela Terra em 2015.

“O objeto mede entre 625 metros e 700 metros, sua forma é um elipsoide ligeiramente achatado, e seu eixo de rotação era aproximadamente perpendicular à Terra no momento de sua maior proximidade”, disse o astrofísico Pablo Santos-Sanz, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia. “Além disso, sua inércia térmica (a quantidade de calor que retém e a velocidade na qual absorve ou transfere calor) é consistente com a de asteroides de tamanho similar”.

A razão pela qual não foi descoberto até 2015 pode ser, em partes, porque o objeto passa a maior parte do tempo além de Marte, e é muito pequeno.

Além disso, ele é muito escuro – o albedo, ou a quantidade de luz que reflete, é mais ou menos igual ao de um pedaço de carvão.


Ex-cometa
A excentricidade e a inclinação orbital do objeto sugerem que o asteroide já foi um cometa.

Desde então, perdeu todos os seus compostos voláteis após numerosas órbitas ao redor do sol, e agora é uma pedra morta que voa pelo espaço.

Estranho asteroide híbrido é encontrado
Quando o asteroide retornar este ano, mesmo que esteja muito mais distante, os pesquisadores vão aproveitar a oportunidade para aprender ainda mais sobre ele.

Ao fazer isso, eles podem compreender melhor outros objetos de massa similar que se aproximarem do nosso planeta também.
Um artigo sobre o asteroide foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics. [ScienceAlert]

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por Natasha Romanzoti
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Um filamento misterioso parece sair do buraco negro no meio da nossa galáxia



A imagem acima provavelmente não tem significado nenhum para a maioria de nós, mas é bastante emocionante para os astrônomos.
Ela mostra um filamento misterioso de 2,3 anos-luz de comprimento aparentemente saindo do buraco negro supermassivo Sagittarius A*, no centro da nossa galáxia.

O que é emocionante sobre isso? Dentre várias possibilidades, pode provar uma teoria proposta na década de 1970.

Filamento no centro da Via Láctea
O filamento foi descoberto em 2012, mas a nova imagem revela que a longa linha parece ser bastante próxima do coração da nossa galáxia.

Os pesquisadores produziram a fotografia usando dados do radiotelescópio Karl G. Jansky Very Large Array e aplicando uma nova técnica para destacar os detalhes.

Embora encontrar fluxos de gás ou linhas de partículas brilhantes que se estendem por regiões do espaço não seja incomum, as origens destes filamentos são geralmente um mistério.

Segundo o astrônomo Jun-Hui Zhao, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics em Cambridge (EUA), essa descoberta deve motivar cientistas a construir uma nova geração de telescópios de rádio com tecnologia de ponta, a fim de resolvermos o enigma.

Ligação com um buraco negro supermassivo
Estruturas como esta, chamadas de filamentos de rádio não térmicos (NRF, na sigla em inglês), já foram observadas flutuando no meio da nossa galáxia anteriormente.

Inicialmente, suspeitava-se que eles tivessem algo a ver com os campos magnéticos da Via Láctea. Conforme mais filamentos foram descobertos fluindo em direções estranhas, essa ideia foi rejeitada.
O que torna este filamento particularmente incomum é que parece estar partindo do horizonte de eventos de Sagittarius A*, o buraco negro gigantesco, quatro milhões de vezes mais pesado que o nosso sol, que mora no meio da nossa galáxia.

Isso abre algumas explicações intrigantes possíveis.

Alternativas
A opção menos emocionante é que este filamento é apenas um NRF tradicional, que simplesmente parece estar conectado ao buraco negro.

Em outras palavras, pode ser o equivalente astronômico de um cabelo galáctico na frente da lente. Porém, de acordo com os astrônomos, isso é extremamente improvável.
A hipótese preferida dos pesquisadores é de que o fio é feito de partículas sendo descartadas de Sagittarius.

Redemoinhos de partículas sendo puxadas para o buraco negro podem criar um campo magnético forte, que por sua vez age como um acelerador de partículas. Partículas carregadas canalizadas a uma velocidade absurda poderiam explicar um fluxo fino e incandescente ligado à Sagittarius.

Por fim, existe uma outra possibilidade, menos provável, porém ainda mais emocionante: de que este filamento é na verdade um objeto hipotético conhecido como “corda cósmica”.

Cordas cósmicas
As cordas cósmicas foram teorizadas pela primeira vez pelo físico Tom Kibble na década de 1970. Elas são “falhas topológicas” unidimensionais maciças que se formam entre diferentes partes do vácuo à medida que o espaço se expande.

Em outras palavras, são como fendas no espaço que se formaram quando nosso universo ainda jovem estava se expandindo (como um tecido que rasga ao se esticar muito).

Dado que essas “cordas” devem ser absolutamente imensas, se de fato existem, o meio de uma galáxia seria um bom lugar para procurar por elas.

No caminho certo
Seja o que for, descobrir a natureza desse filamento estranho será um avanço para a astronomia.

Se forem partículas sendo atiradas de Sagittarius, isso nos ensinaria mais sobre campos magnéticos nesta zona altamente caótica do universo.

Já detectar uma corda cósmica seria uma descoberta pioneira que nos diria muito sobre a própria natureza do universo e suas origens.

“Vamos continuar procurando até que tenhamos uma explicação sólida para esse objeto. E pretendemos produzir imagens ainda melhores e mais reveladoras”, disse Miller Goss, integrante do National Radio Astronomy Observatory, observatório que abriga o Karl G. Jansky Very Large Array.

Um artigo sobre essa pesquisa foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters. [ScienceAlert]

por Natasha Romanzoti
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Brasil declara representante diplomático da Venezuela "persona non grata"

Fátima Meira/Futura Press

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo brasileiro declarou o encarregado de negócios da Venezuela, Gerardo Antonio Delgado Maldonado, "persona non grata" nesta terça-feira (26). O diplomata será obrigado a deixar o país.

O Ministério das Relações Exteriores informou que está seguindo o princípio de reciprocidade. No sábado (23), a Assembleia Constituinte da Venezuela havia declarado o embaixador do Brasil em Caracas, Ruy Pereira, persona non grata no país. A medida, na prática, equivale a uma expulsão.

Pereira está no Brasil. Ele chegou na semana passada para passar os feriados de final de ano. O embaixador brasileiro não poderá retornar à Venezuela enquanto se mantiver a declaração.

Quando uma pessoa é declarada persona non grata, ela normalmente tem entre 24 e 72 horas para deixar o país. Mas o Itamaraty não especificou em quanto tempo Maldonado, que vive em Brasília com a família, terá de sair do Brasil.

Isso porque, no caso do embaixador brasileiro, até agora não houve comunicação oficial da chancelaria venezuelana, nem especificação de prazos para saída.

Então o Itamaraty também usará de reciprocidade, ao não especificar prazos.

Maldonado está chefiando a embaixada na ausência do embaixador titular, que foi convocado pela Venezuela em maio de 2016, em protesto contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

por Patricia Campos Mello
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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Ex-craque perdeu toda a fortuna que ganhou e revela que pensa em suicídio

Ex-jogador está falido e enfrenta uma batalha jurídica com a ex-esposa

Inglaterra - Depois do sucesso, a falência. Emmanuel Eboué teve uma carreira de sucesso no futebol. Deixou para trás uma infância difícil na Costa do Marfim, foi titular do Arsenal em um dos momentos mais brilhantes da história do clube, acumulou títulos e milhões de euros. Mas, aos 34 anos, está falido e lida com um verdadeiro drama pessoal em meio a uma batalha jurídica com a ex-mulher.

Emmanuel Eboué vive drama - AFP

Ao jornal britânico 'Daily Mirror', Eboué relatou a difícil situação em que se encontra. O ex-jogador revelou ter perdido quase todo seu dinheiro no divórcio da ex-esposa Aurelie e garantiu que se esconde na antiga casa do casal, no bairro londrino de Enfield, para não ter que entregar o imóvel à Justiça.

"Não tenho dinheiro para continuar tendo um advogado. Estou em minha casa, mas com medo. Não quero que a polícia venha. Às vezes, apago as luzes porque não quero que as pessoas saibam que estou aqui dentro. Ponho tudo para bloquear a porta. Em minha própria casa. Sofri para comprá-la e agora estou com medo. Não vou vender minha roupa e tudo que tenho. Vou lutar até o fim, porque não é justo", declarou.

O ex-craque explicou que a batalha judicial com Aurelie lhe tirou as últimas finanças que havia guardado, mas admitiu que foi "ingênuo" ao longo da carreira ao deixar a então esposa tomar conta de seu dinheiro e ao aceitar conselhos ruins sobre como gastá-lo.

"Eu olho para trás e digo: 'Emmanuel, você foi ingênuo. Porque não pensou nisso antes?'. É difícil, muito, muito difícil. O dinheiro que ganhei, mandei para minha esposa e filhos. Na Turquia, por exemplo, ganhei oito milhões de euros e mandei para casa sete. O que ela (Aurelie) me mandava assinar, eu assinava. Ela era minha esposa", disse.

Diante da complicada situação em que se encontra e fugindo da Justiça, Eboué perdeu contato com os três filhos há meses. "Não posso vê-los. Eles me ligavam, mas, agora, não tenho mais contato. Dói muito estar sozinho, sem eles. Éramos próximos e eu faria tudo por eles. Há dois meses não tenho notícias deles. Sinto falta, muita saudade, e quero vê-los, porque não é justo".

Eboué ganhou destaque no Arsenal nos anos 2000 e atuou por sete anos no clube, boa parte deles como titular da lateral direita. Acumulou também passagens por Galatasaray e Sunderland, mas foi punido com um ano de suspensão pela Fifa, em 2016, por dívidas com o ex-agente. Ainda tentou voltar ao esporte no Türk Ocagi Limasol, mas problemas físicos o forçaram a se aposentar.

Como se não bastasse a difícil situação financeira e a disputa com a ex-esposa, Eboué precisou lidar recentemente com a perda do avô que o criou e de seu irmão, morto em um acidente de moto. Diante de tantos problemas, o ex-lateral admitiu que vem tendo pensamentos suicidas. "Quero que Deus me ajude. Só ele pode tirar estes pensamentos da minha cabeça", encerrou.

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Dupla usa corda para pular muro e fugir de presídio na véspera de Natal

Segundo a Seap, o incidente aconteceu no Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no Complexo de Bangu


Rio - Dois detentos fugiram na tarde deste domingo, do Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no Complexo de Bangu, Zona Oeste do Rio. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a dupla fugiu usando uma corda para pular o muro.

Ainda de acordo com o órgão, o alarme foi acionado mas os guardas não conseguiram alcançar os criminosos. A dupla fugiu pela mata que fica atrás da unidade prisional. Uma sindicância foi aberta para investigar as circunstâncias da da fuga.

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Zico: 'Sinto falta daquele jogador que nos faz ir ao estádio só pra vê-lo jogar'

Galinho também deu um conselho a Neymar ao comentar como vê a atual condição do atacante

São Paulo - Assim como reconhece que hoje a seleção brasileira não possui mais à disposição camisas 10 clássicos que desempenhavam uma função de meia que municiavam os atacantes como verdadeiros maestros, Zico revelou, em entrevista ao Estado, que hoje não consegue se lembrar de um jogador em atividade no Brasil que o faria sair de casa para vê-lo atuar de bem perto, não apenas como acompanha tantos outros pela televisão.

Zico falou sobre o futebol brasileiro - Reprodução You Tube

"A gente sente falta daquele jogador que faz a gente ir ao estádio só pra vê-lo jogar, não para ver o time jogar. É difícil eu dizer que hoje vou sair da minha casa e ir ao Maracanã no domingo para ver fulano jogar. Hoje está difícil. E não estou falando de camisa 10, mas de um jogador que realmente chame a atenção e faça coisas que você não espera que ele faça", ressaltou Zico, que foi este tipo de craque por muitos anos enquanto vestiu a camisa do Flamengo, pelo qual se tornou o maior ídolo da história do clube.

Já ao ser questionado sobre os motivos que fizeram com que o Brasil parasse de produzir autênticos camisas 10 como os que tinha no passado, o ex-jogador apontou que o próprio jeito de jogar das equipes colaborou para que isso ocorresse.

"Eu acho que, realmente, nas categorias de base esse tipo de jogador começa a acabar porque estão prevalecendo mais as partes táticas do que a individualidade, então esquecem que o que decide os jogos e o que ganha campeonatos é a qualidade técnica. Você pode ver que todos os grandes nomes foram muito fortes e importantes para as conquistas de suas equipes ou seleções", enfatizou o ex-camisa 10 do Flamengo e da seleção brasileira.

Zico também deu um conselho a Neymar ao comentar como vê a atual condição do atacante, que veste o número 10 da equipe nacional desde 2013 e a estreou em uma Copa em 2014. Ele agora se prepara para envergar a camisa no Mundial de 2018, na Rússia, onde espera poder ser decisivo para levar a seleção brasileira ao sonhado hexacampeonato.

"O Neymar precisa ter autocontrole quando o time está perdendo. Quando está ganhando ele até tem, mas, quando está perdendo, ele perde a bola, leva uma falta e se descontrola um pouco. Tem que se controlar quando o time está em desvantagem. O Brasil não é um time que está acostumado a estar em desvantagem. A cada dez jogos, em um costuma ter este problema. E este um é que pode ser perigoso", alertou.

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Canadá expulsa embaixador da Venezuela

A ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, em Washington (17 de outubro de 2017)

O Canadá anunciou nesta segunda-feira que o embaixador venezuelano já não é "bem-vindo" e declarou o encarregado de negócios do mesmo país "persona non grata", em represália à expulsão do encarregado de negócios canadense em Caracas.

O embaixador da Venezuela já havia sido retirado pelo governo do presidente Nicolás Maduro em protesto pelas sanções canadenses contra funcionários venezuelanos envolvidos em atos de corrupção e violações dos direitos humanos.

"Anuncio que o embaixador da Venezuela no Canadá (...) já não é bem-vindo ao Canadá. Também estou declarando o encarregado de negócios da Venezuela persona non grata", disse a ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland.

A expulsão, no sábado, do encarregado de negócios canadense Craig Kowalik é "típica do regime de Maduro, que tem minado todos os esforços para restaurar a democracia e ajudar o povo venezuelano", denunciou Freeland.

"Os canadenses não ficarão à margem enquanto o governo da Venezuela despoja seu povo dos direitos fundamentais democráticos e humanos, e lhes nega acesso à assistência humanitária básica".

O governo canadense elevou o tom com o regime de Maduro para incitá-lo ao diálogo com a oposição e adotou uma série de sanções contra Caracas.

Na sexta-feira, Ottawa decidiu - entre outras medidas - proibir a presença em seu território de 52 funcionários de Venezuela, Rússia e Sudão do Sul, por corrupção ou violações dos direitos humanos.

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Com quase meio quilômetro, China inaugura ponte de vidro mais longa do mundo

Pequim, 25 dez (EFE).- A ponte de vidro mais longa do mundo, com 488 metros de extensão e suspensa a uma altura de 218 metros, foi inaugurada ontem na província de Hebei, informou nesta segunda-feira o canal estatal "CCTV".

Construída pela empresa Bailu Group, ela foi aberta numa cerimônia com a presença de, aproximadamente, 3 mil turistas, que puderam experimentar a vertiginosa sensação de andar por uma ponte de piso transparente entre dois penhascos no Parque Hongya.

O chão da ponte é formado por 1.077 placas de vidro de apenas quatro centímetros de espessura, que ficam penduradas em uma estrutura reforçada por 12 cabos, totalizando 126 toneladas, capazes de suportar terremotos de até 6 graus de magnitude e furacões de força 12 - a maior na Escala de Beaufort.

"A nossa ponte foi projetada para aguentar mais de 3 mil pessoas, mas para garantir a segurança de todos os turistas só aceitamos a 600 ao mesmo tempo", destacou à "CCTV" Yang Shaobo, diretor da empresa responsável pela obra.

Ele afirmou vários operários irão inspecionar diariamente o estado da ponte e guardas vão ajudar os visitantes que possam ter medo de passar pela estrutura, que, conforme enfatizou, é "completamente segura".

Até agora, a ponte de vidro mais longa do mundo era uma de 430 metros no Parque Natural de Zhangjiajie, também na China. Apesar de perder em distância, o lugar que inspirou as Montanhas Aleluia do filme "Avatar", continuará ostentando o recorde de mais alta, já que está suspensa a 300 metros. EFE

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'Outras condenações estão por vir', diz especialista sobre Lula

Fátima Meira/Futura Press

Ao longo de 2017, o Brasil viu o combate à corrupção aumentar com as novas descobertas feitas pela força-tarefa responsável pela operação Lava Jato. Apesar do amplo trabalho realizado em diversas esferas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, dois nomes se destacaram em meio à tantas polêmicas: Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva.

O juiz federal condenou o ex-presidente em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no famoso caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. O petista recorre da pena em liberdade.

Por causa do processo, a opinião pública se dividiu entre os dois nomes, colocando Moro como o salvador da nação e Lula como a síntese de tudo o que deu errado com a política brasileira. Entretanto, essa disputa pode não ter passado apenas de uma relação comum entre juiz e réu.

“Muito embora possa parecer que exista uma acalorada rivalidade entre Lula e Moro, o vínculo que se estabeleceu entre eles não passa de uma simples relação processual como outra qualquer. Todo processo origina-se de uma situação conflitante em que não foi possível uma composição amigável. Nesse caso, Lula se defende de algumas acusações contra ele formuladas que entende injustas e a Sérgio Moro cabe o papel de avaliar se tais justificativas procedem ou não”, explica Orlando Sbrana, professor em Direito Penal Econômico na Universidade Mackenzie Campinas.

Da mesma forma fica claro que não existe qualquer tipo de vínculo de amizade entre os dois. Isso porque se houvesse, Moro não poderia fazer parte do julgamento por ser considerado um juiz suspeito. “Talvez por isso as pessoas tenham a sensação de que exista um forte antagonismo entre os dois”, conta o especialista.

Esperança para Lula?
O ex-presidente foi condenado por Moro em julho deste ano. Na sentença, o juiz afirmou que “haviam provas documentais” da ligação de Lula com o tríplex no Guarujá e que o ex-presidente “faltou com a verdade”.

Apesar da condenação, Lula recorre em liberdade e vive atualmente a possibilidade de se candidatar à Presidência nas próximas eleições, marcadas para 2018. Entretanto, Sbrana acredita que o ex-presidente pode não conseguir cumprir este objetivo.

“O conjunto probatório contra Lula no processo em que foi condenado é bem robusto e, dificilmente sairá plenamente vencedor dessa disputa. O que pode acontecer em segunda instância é um julgamento de parcial provimento, situação em que Lula sairá parte vencedor e parte vencido nos seus recursos. Caso isso ocorra, poderá conseguir uma redução de pena para um patamar abaixo dos 8 anos, o que implicaria no cumprimento de sua pena em regime semiaberto e não mais no fechado”, explica o professor de Direito Penal Econômico.

Vale lembrar que Lula é investigado em outras ações. Na Janus, o petista é acusado de tráfico de influência para facilitar negociações da Odebrecht financiadas pelo BNDES fora do país. Já na Zelotes, o ex-presidente é acusado de envolvimento no esquema da venda de MPs editadas durante seu governo para favorecer montadoras. Ele nega todas as acusações.

“As previsões processuais para 2018 não são nada animadoras ao ex-presidente Lula. Além da ação referente ao tríplex que já foi condenado, pendem contra outras cinco ações penais da operação Lava Jato, duas da Zelotes e uma da Janus e que devem ter desfecho em breve, talvez até meados de 2018. Pelo andamento dos processos ainda não resolvidos e o caminho que estão trilhando, outras condenações ainda estão por vir”, analisa o professor.

Caso consiga de fato se candidatar, Lula aparece como favorito. O político já se mostra na ponta das pesquisas de intenção de voto contra diversos rivais. “Num contexto de suposições, em que as condenações de Lula não sejam mantidas em segunda instância e que consiga se candidatar, ele vem sim como um dos candidatos favoritos para as eleições presidenciais de 2018”, explica Sbrana.

A oposição
Diante da popularidade de Lula, a oposição ao petista estuda quem poderá concorrer em pé de igualdade na próxima eleição. Ainda sem nomes definidos, a própria opinião pública chegou a escolher o juiz federal Sérgio Moro como principal concorrente do petista.

Mesmo com o apoio de uma grande parcela da população, Moro já deixou claro que não possui intenção de se candidatar e essa ideia também não seria nem a melhor opção para o Brasil, segundo Sbrana.

“São muito remotas, quiçá impossíveis, as chances de candidatura Moro para o processo eleitoral de 2018 e, sinceramente, acredito que nem seja uma boa opção à presidenciável. Sérgio Moro é um magistrado e como tal deve seguir seu caminho procurando sempre aperfeiçoar seus conhecimentos para entregar à população brasileira uma prestação jurisdicional cada vez mais justa”, encerrou o especialista.

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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Por que o governo dos EUA decidiu liberar experimentos com vírus mortais

Argumento é que os benefícios potenciais superam os riscos.

Por que o governo dos EUA decidiu liberar experimentos com vírus mortais

O governo dos EUA decidiu suspender uma regra em vigor havia três anos que proibia experimentos em laboratório com vírus mortais.

O argumento é que os benefícios potenciais superam os riscos. Pesquisadores poderão, assim, manipular vírus como influenza, Sars (causador da síndrome respiratória aguda grave, que atingiu a Ásia) e Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio).

A proibição a esse tipo de experimento havia sido imposta após violações de segurança em instituições federais americanas em testes envolvendo o antraz (doença causada por uma bactéria) e a gripe aviária.

Agora, um comitê científico terá que revisar e dar o sinal verde para cada projeto de pesquisa.

Só será permitido iniciar os experimentos se o comitê determinar que não há outra forma mais segura de conduzir a pesquisa e que os potenciais benefícios justificam o correr o perigo.

Prós e contras
Os mais críticos dizem que a decisão não elimina os riscos de uma pandemia acidental. Do outro lado, os que apoiam a medida argumentam que muitos Estados dos EUA não estão preparados para um surto de um vírus mortal, e que as pesquisas podem ajudar na prevenção.

"Acredito que a natureza é bioterrorista, e nós precisamos fazer de tudo para estar um passo adiante", afirma Samuel Stanley, presidente do Conselho Nacional de Ciência para Biossegurança, que estabeleceu diretrizes para as novas regras.

"Pesquisas básicas com esses agentes feita por laboratórios já mostraram que é possível fazer isso com segurança."

O veto havia sido imposto em 2014, depois de lapsos de segurança terem sido identificados.

Em junho daquele ano, por exemplo, 75 funcionários dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) receberam tratamentos por causa da suspeita de terem sido expostos a bactérias de antraz.

No mês seguinte, frascos do vírus da varíola foram encontrados em uma caixa de papelão em um centro de pesquisa em Washington.

Há ainda a preocupação de que a pesquisa com patógenos transmissíveis, como vírus, fungos e protozoários, possa ser usada para a criação de vírus mutantes.

O Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA diz que, com a introdução de novas diretrizes, chegou o momento de suspender a proibição do financiamento dessas pesquisas.


O que dizem as regras

Para conduzir pesquisas com vírus mortais, é preciso demonstrar que o estudo é "eticamente justificável".

Laboratórios e instituições interessadas devem também demonstrar capacidade e compromisso de conduzir os experimentos com segurança e de responder de forma rápida a qualquer acidente, de forma a mitigar potenciais riscos.

Segundo Francis Collins, diretor do NIH (sigla em inglês do Instituto Nacional de Saúde), o objetivo é implementar "um rigoroso processo, para termos a segurança de que estamos fazendo (as pesquisas) da forma correta".

A decisão de acabar com o veto agradou vários cientistas. Para eles, as iniciativas federais e estaduais para reagir a uma possível pandemia tinham piorado - entre as principais razões, dizem, estariam os cortes no financiamento.


No entanto, há quem discorde.

Marc Lipsitch, epidemiologista da Universidade Harvard, disse à publicação científica Nature que esse tipo de experimento "não fez quase nada no sentido de melhorar a nossa preparação para pandemias, mas cria o risco de uma pandemia acidental".

Ele saudou, porém, o nível extra de controle agora necessário para os casos a serem autorizados.

Fonte: noticias.r7.com
vi aqui
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Confraternização de firma termina em tragédia familiar

© Veja SP Os irmãos Matteo Petriccione Jr. e Marcelo Petriccione: morte com três tiros

Uma festa da firma terminou em tragédia familiar. Na madrugada de sábado (23), dentro de uma concessionária de luxo especializada em carros Mercedes-Benz, no bairro da Casa Verde, ocorreu uma discussão entre os irmãos e sócios Matteo Petriccione Junior, de 35 anos, e Marcelo Petriccione, de 49. A briga se deu depois da confraternização da empresa. Segundo o boletim de ocorrência, Junior efetuou três disparos no irmão, que foi levado ao Hospital Santana, mas não resistiu. O autor dos disparos foi desarmado por um funcionário e, então, fugiu a pé.

Segundo dados do BO, após a festa, parentes começaram a procurar por Matteo, quando o encontraram dormindo em uma sala da oficina, no andar superior. Ao acordar, ele começou a discutir com o irmão, e iniciou uma luta física – quando Matteo acabou dando uma cabeçada no nariz de uma tia de 71 anos.

Marcelo Petriccione foi campeão brasileiro de kart nos anos 80 e 90. Ele deixou mulher, com quem estava casado há 23 anos, e três filhos. O enterro ocorreu na tarde de sábado mesmo. “Não existem palavras de conforto, nada que aplaque a dor imensa de perder um pedaço importante de mim… Oro para Deus me dar força e iluminar a minha família!! Estamos, literalmente, juntando os cacos para recomeçar”, postou a esposa da vítima em seu perfil no Facebook.

por João Batista Jr.
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Entidade diz que mulher de Maluf teve ferido o 'direito à reunião familiar'

© Foto: Edílson Dantas/Agência O Globo

Comissão de Estudos de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) elaborou um relatório conclusivo no qual constatou a violação de direitos humanos do deputado Paulo Maluf (PP) em razão de seu encarceramento em regime fechado, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Para a entidade, o parlamentar, 'que tem o direito humano à 'facilidade da prisão domiciliar por ser maior de 80 anos de idade'. O documento ainda ressalta que a esposa do ex-prefeito de São Paulo tem o 'direito à reunião familiar com seu marido, que deve ser custodiado domiciliarmente no lar conjugal'.

O IASP recomendou 'às autoridades que observem os direitos humanos dos presos' levando em consideração a idade de Maluf, 'salvo prova em sentido contrário de periculosidade por emprego de violência ou grave ameaça à outra pessoa humana'.

A Comissão de Direitos Humanos do IASP afirma que, em diligência na casa do deputado, ouviu o filho, Flávio Maluf, e a esposa, Sylvia, que se disseram 'muito indignados com a prisão de seu marido e pai, e seu respectivo recolhimento em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, por considerarem com veemência que houve violação aos direitos humanos da referida pessoa humana; e, assim, solicitando de nossa parte o respectivo exame de violação dos Direitos Humanos'.

"Diante do relato e solicitação, nas circunstâncias da referida Sra. Sylvia Lutfalla Maluf, o Sr. Presidente entendeu que era caso de urgência à luz dos Princípios das Nacções Unidas para Pessoas Idosas, adotados pela Reolução nº 46/91 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 16 de dezembro de 1991, que assegura aos idosos a assistência, assim como, à luz do inciso 1º do artigo 4º do Estatuto do Idoso, Lei Federal nº 10.741/03, que determina ser dever de todos prevenir ameaça ou violação aos direitos do idoso. FOi assim determinado a imediata elaboração do presente Relatório e submissão desta peça aos membros da Comissão que atenderam à COnvocação de Reunião Extraordinária em caráter emergencial e o subscrevem conforme abaixo assinado".

O colegiado ressalta que segundo a ONU, 'a pessoa humana idosa deve ser assistida, estabelecendo-se em favor dela a proclamação de que 'os idosos devem se beneficiar dos cuidados e da proteção da família e da comunidade em conformidade com o sistema de valores culturais de cada sociedade; e, que 'os idosos devem ter acesso a cuidados de saúde que os ajudem a manter ou a readquirir um nível potimo de bem-estar físico, mental e emocional e que previnam ou atrasem o surgumento de doenças'.

"Nesta medida, à luz dos princípios para as pessoas idosas, proclamados pela Organização das Nações Unidas, no que tange à compulsoriedade da substituição da pena privativa de liberdade em regime fechado pela prisão domiciliar para o preso maior de 80 anos, é de se prevalecer o entendimento da decisão divulgada no site dos Juízes para a Democracia, de que 'no caso em espécie, a necessidade é presumida em razão da avançada idade do reeducando'.

"Logo, transferir o idoso, maior de 80 anos,que é ex lege considerado vulnerável, do sistema prisional brasileiro, com certeza não se trata de uma facilidade; porém, sim, de resgatá-lo do verdadeiro inferno que é conhecido de todos.

Para a entidade, 'no caso do Sr. Paulo Salim Maluf, além da restrição que está sofrendo ao seu direito de prisão domiciliar, ainda se está a afetar, conforme o Laudo Pericial Psicológico da Dra. Patrícia Reis, em anexo, outra pessoa idosa, sua esposa Sra. Sylvia Lutfalla Maluf, com 82 anos de idade, com quem contraiu matrimônio há 62 anos, tudo comprovado pela certidão de casamento exibida, e reside na mesma casa há 51 anos, se impõe o agrupamento familiar pela prisão domiciliar do Sr. Paulo Maluf no lar conjugal".

Cadeia
Nesta sexta-feira, o juiz substituto do Distrito Federal Bruno Macacari negou em decisão liminar (provisória) o pedido da defesa do deputado Paulo Maluf (PP-SP) para que o parlamentar cumprisse prisão domiciliar. Maluf foi transferido nesta sexta-feira, 22, a Brasília.

Ele foi preso na última quarta-feira, 20, em São Paulo, após determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao julgar recurso, também na sexta, 22, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, também rejeitou o pedido da defesa, que queria suspender o início da execução da pena de prisão em regime fechado.

A ministra ainda criticou os persistentes recursos que os advogados têm impetrado para que Maluf se 'esquive' do cumprimento de sua pena.

Ala de idosos
O deputado federal foi transferido da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, nesta sexta-feira, 22, sob decisão do juiz substituto do DF.

Ele está em uma cela de 30 metros quadrados e com capacidade para abrigar até dez internos, na ala B, bloco 5, do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. O local é destinado a políticos, idosos, ex-policiais, além de presos com ensino superior.

Condenação
Maluf foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, em maio, e viu seu recurso ser negado em outubro. Ele foi acusado pelo Ministério Público de desvios milionários dos cofres da Prefeitura de São Paulo, que administrou entre 1993 e 1996.

O dinheiro teria saído das obras viárias mais importantes e monumentais de sua gestão, o Túnel Airton Senna e a Avenida Água Espraiada, hoje Jornalista Roberto Marinho.

por Luiz Vassallo e Fausto Macedo
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Caciques do Senado na mira da Lava Jato terão reeleição difícil

© Edilson Rodrigues/Agência Senado Nomes como Renan Calheiros, Romero Jucá e Aécio Neves podem ter campanhas prejudicadas por investigações e mudança no sistema de financiamento eleitoral

Com o encerramento dos mandatos de dois terços dos senadores, os principais caciques do Senado vão às urnas em 2018 em um cenário adverso: terão de explicar ao eleitor as acusações das quais são alvo, propor saídas para a crise política e enfrentar menor disponibilidade de recursos para financiamento de suas campanhas.

Dos 54 senadores cujos mandatos chegam ao fim, 21 respondem a investigações no STF em ações da Lava Jato ou desdobramentos.

Neste quadro, estão nomes de destaque na Casa como Renan Calheiros (MDB-AL), Romero Jucá (MDB-RR), Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente Eunício Oliveira (MDB-CE). Será a primeira eleição geral após o STF ter proibido o financiamento empresarial, em 2015, e depois de a classe política ter sido atingida pela Lava Jato.

Segundo colocado na corrida presidencial em 2014, Aécio agora enfrenta dificuldades para firmar sua candidatura à reeleição.

O mineiro enfrentou forte desgaste em 2017 após ter sido gravado pelo empresário e delator Joesley Batista. Foi denunciado pelos crimes de obstrução de Justiça e corrupção passiva e afastado duas vezes do mandato pela Justiça.

Por meio de sua assessoria, o tucano não confirmou se disputará uma vaga no Senado, mas disse que, na avaliação de seu grupo político, "uma candidatura majoritária é o melhor caminho para que o senador possa responder às acusações de que é alvo e repor a verdade".

DISTÂNCIA
Réu no STF por crime de peculato e alvo de inquéritos na Lava Jato, Renan passou a cuidar de sua reeleição desde o início de 2017. Ele se distanciou de Michel Temer e passou a fazer oposição a medidas como as reformas trabalhista e da Previdência.

Além disso, intensificou as agendas no interior de Alagoas ao lado do governador, Renan Filho (MDB).

Com a iniciativa, ele pretende minimizar o impacto de recursos mais escassos para a campanha. "Acho que será uma eleição de corpo a corpo. Será preciso gastar sola de sapato e conversar muito com as pessoas. Com menos dinheiro, contará muito o serviço prestado aos municípios nos últimos anos. Teremos que mostrar o que fizemos pelas pessoas", afirmou, por meio de sua assessoria.

Para se defender das acusações, Renan tem subido o tom nas críticas contra Temer e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso no Paraná. "Acredito que a Lava Jato não será um problema para mim. As pessoas já entenderam que houve excessos e acusações injustas", disse, em nota.

De olho nas urnas, Eunício tem se voltado a agendas com o governador Camilo Santana (PT), no interior do Ceará. Ao lado de Santana, seu adversário nas eleições de 2014, ele tem reforçado que ajudou a levar obras importantes para a região, como a transposição do rio São Francisco.

Empresário com patrimônio de R$ 99 milhões declarado à Justiça eleitoral, Eunício não deve ter dificuldade em custear sua campanha.

O peemedebista afirma que as novas regras trouxeram mais equilíbrio entre os candidatos. "Antes o céu era o limite, o autofinanciamento poderia ser de R$ 1 bilhão, 1 trilhão ou um tostão. Nós botamos o teto. O que aconteceu foi uma evolução."

Sobre as acusações existentes contra ele na Lava Jato, Eunício diz que ficou "chateado" e que as suspeitas não têm fundamento. Ele é acusado de ter vendido medida provisória. Segundo ele, a delação é infundada. "Tenho convicção de que vai ser arquivado. Eu tenho apenas inquérito, não denúncia."

CONTROLE
Outro cacique investigado e que vai disputar a reeleição é o líder do governo no Senado, Romero Jucá. De Estado com número reduzido de eleitores, ele tem controle sobre a política local e não deve enfrentar dificuldades. Em sua defesa, vem afirmando que as acusações são "armação" do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

A Lava Jato coloca em risco ainda candidaturas como a da senadora Marta Suplicy (MDB-SP), mencionada nas delações da JBS e da Odebrecht. A senadora enfrentará dificuldade com seu tradicional eleitorado petista, na Grande São Paulo. Ela trocou em 2015 o PT pelo MDB.

Outro senador por São Paulo, o tucano Aloysio Nunes, também terá uma reeleição apertada. Ministro das Relações Exteriores, afirmou via assessoria que pretende se desincompatibilizar em abril para se candidatar. Com informações da Folhapress.

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Temer busca ponte com Toffoli, que assumirá STF

© Foto: Eraldo Peres/AP

Depois do desgaste no relacionamento com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o presidente Michel Temer começou a se aproximar do ministro Dias Toffoli, que assumirá a Corte em setembro de 2018. As conversas entre os dois provocaram desconfianças e estocadas do outro lado da Praça dos Três Poderes.

Sob o argumento de estar preocupado com a harmonia entre o Executivo e o Judiciário, Temer perguntou a interlocutores, nos últimos dias, se achavam que ele também deveria procurar outros ministros do Supremo e foi incentivado a seguir esse caminho.

Advogado constitucionalista, o presidente mantém amizade no tribunal com Gilmar Mendes – que chegou a redigir o esboço de uma proposta para instituir o semipresidencialismo no Brasil – e com Alexandre de Moraes, ex-titular da Justiça.

O mais recente diálogo com Toffoli ocorreu em 19 de novembro, no Palácio da Alvorada. Temer já havia manifestado há tempos a intenção de chamá-lo para um café, mas preferiu esperar a “poeira baixar” depois que a Corte julgou processos delicados, como o pedido para afastar o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no caso JBS.

A reunião foi vista no Supremo como uma tentativa de Temer de estreitar laços com o futuro presidente do tribunal, mas incomodou alguns magistrados, para quem o diálogo institucional deveria ser feito com Cármen. No Alvorada, o peemedebista chegou a discorrer sobre a recuperação dos indicadores econômicos e perspectivas para 2018.

“Sempre tive uma boa relação com ele”, afirmou Toffoli. “Foi um bate-papo muito cordial. Perguntei, por exemplo, como foi o encontro dele com Trump”, completou o ministro, referindo-se ao jantar ocorrido em Nova York, em setembro, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na prática, Temer começou a se afastar de Cármen em maio, depois que vieram à tona as delações do empresário Joesley Batista e de outros executivos da J&F, no âmbito da Lava Jato. A portas fechadas, auxiliares do presidente dizem que, naquele momento, ficou evidente o desejo dela de ser uma espécie de “salvadora da Pátria”.

‘Solução’. Na avaliação do Palácio do Planalto, Cármen atuou com o objetivo de aparecer como “solução de consenso” para a crise política. Aliados de Temer não têm dúvidas de que a magistrada fez articulações para ser indicada, em caso de eleição indireta no Congresso, como o nome que assumiria o comando do País até 2018, se ele não resistisse às denúncias de corrupção. Desde essa época, a relação entre os dois ficou estremecida e hoje é distante e protocolar.

Quando os depoimentos da JBS foram revelados, Cármen afirmou que o Brasil sobreviveria às delações e rebateu rumores de que poderia ser candidata à cadeira de Temer. Em conversas reservadas, assegurou que essas especulações não faziam o mínimo sentido.

“Estou no lugar que eu tenho a obrigação constitucional de estar e estarei com muito gosto”, disse ela, na ocasião.

Não é de hoje, porém, que o Planalto carimba atitudes de Cármen como estratégia de marketing. Exemplos citados na sede do governo são justamente as visitas que ela fez a presídios, após várias rebeliões. O diagnóstico foi de que houve ali muitos holofotes para pouco resultado concreto, uma percepção também compartilhada por integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido pela magistrada.

No ano passado, em reunião dos chefes dos três Poderes para discutir o espinhoso tema da segurança, o então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, hoje no Supremo, fez um comentário que irritou Cármen. “No Brasil, a gente prende muito e prende mal”, constatou Moraes. A presidente do STF discordou de forma enfática e muitos dos presentes tiveram a impressão de que ela queria todas as atenções.

Na lista de críticas que saem do Planalto em direção à Corte, pelo menos uma se refere ao voto de desempate que Cármen deu no julgamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), considerado muito confuso.

Alvo da Lava Jato, Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões para Joesley. Na sessão que conferiu ao Congresso o poder de reverter medidas cautelares impostas a deputados e senadores, a ministra foi a responsável pelo voto decisivo, abrindo caminho para o Senado devolver o mandato de Aécio.

Gestão
A nove meses do fim da gestão de Cármen à frente do STF, cresce no governo a expectativa sobre a administração de Toffoli. O magistrado possui um dos gabinetes mais ágeis da Corte, com um acervo de 2,2 mil processos. O de Marco Aurélio Mello, por exemplo, reúne 7,3 mil casos.

Toffoli acumula experiência nos três Poderes, o que pode, na visão do Planalto, ajudar a diminuir atritos em um ano eleitoral. Antes de vestir a toga, ele foi advogado do PT e do ex-ministro José Dirceu, além de assessor da liderança do partido na Câmara, quando Temer era presidente da Casa. No governo Lula, atuou como subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e advogado-geral da

União
Há tempos, porém, se distanciou do PT e faz dobradinhas com Gilmar Mendes.
O Supremo aguarda, agora, a devolução do pedido de vista de Toffoli sobre a limitação do foro privilegiado. Logo após o encontro com Temer, no Alvorada, o ministro solicitou mais tempo para analisar o assunto, que tem grande impacto sobre o mundo político.

Se o foro for reduzido, parte expressiva de processos contra parlamentares, em tramitação no STF, migrará para a primeira instância, que costuma ser mais célere. Há maioria na Corte para limitar essa prerrogativa apenas a crimes relacionados aos mandatos, e cometidos no exercício do cargo, mas o debate foi interrompido por Toffoli, que só deve liberar a ação por volta de março.

por Vera Rosa e Rafael Moraes
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domingo, 24 de dezembro de 2017

Itamaraty: país tomará ‘medidas correspondentes’ sobre Venezuela

© Reuters O diplomata Ruy Pereira, declarado 'persona non grata' na Venezuela

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) emitiu nota na tarde deste sábado dizendo que tomou ciência de que o embaixador brasileiro na Venezuela, Ruy Pereira, teria sido declarado persona non grata no país. A instituição disse que, se confirmada a informação, o Brasil “aplicará as medidas de reciprocidade correspondentes”. O mais provável é que o representante mais graduado da Venezuela no Brasil também seja declarado persona non grata.

Na prática, a medida da Venezuela indica que o embaixador brasileiro está expulso do país. Pereira, que viajou para as festas de fim de ano e não se encontra na Venezuela, não poderá mais retornar a Caracas.

O Itamaraty disse que a decisão indica “uma vez mais, o caráter autoritário da administração Nicolás Maduro e sua falta de disposição para qualquer tipo de diálogo”.

O anúncio sobre a situação do embaixador brasileiro foi feito neste sábado pela presidente da Assembléia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela, a ex-chanceler Delcy Rodríguez, durante coletiva de imprensa. Ela disse que a medida foi aprovada pelo governo de Nicolás Maduro, e que o cumprimento da decisão será feito pela chancelaria. A ANC foi instaurado em agosto, concentra apoiadores de Maduro e assumiu as funções do Parlamento local, que era controlado pela oposição.

Além do diplomata brasileiro, Ruy Pereira, também foi considerado persona non grata o representante do Canadá, Craib Kowalik. A ex-chanceler argumentou que, no caso brasileiro, a medida será mantida “até que se restitua o fio constitucional que o governo de fato violou”, em uma referência ao impeachment de Dilma Rousseff. O Canadá foi incluído “por sua permanente, insistente, grosseira e vulgar intromissão nos assuntos internos da Venezuela”.


Críticas

Dentre outras medidas que foram tomadas pela ANC estão a exclusão de partidos políticos que boicotaram as eleições locais neste mês e a eliminação da prefeitura de Alto Apure e de Caracas, que estavam sob o comando de opositores a Maduro. O governo brasileiro se manifestou contra a medida.

O Brasil tem criticado com frequência a ruptura do governo de Maduro em relação aos princípios democráticos. Foi por essa razão que a Venezuela foi suspensa do Mercosul com base na cláusula democrática em agosto passado, no primeiro ato da presidência brasileira no bloco.

Como reação ao impeachment, em maio passado, a Venezuela retirou seus embaixadores do Brasil. Em resposta, o Brasil fez o mesmo. Mas, em maio deste ano, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, enviou Pereira de volta a Caracas num movimento para normalizar as relações. A Venezuela, no entanto, continua sem embaixador em Brasília.

(Com Estadão Conteúdo)
por Felipe Machado
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